Secretaria de Governo – SEGOV

Governador Rafael Fonteles acompanhará Lula em viagem à China

Compartilhar:

O governador Rafael Fonteles integrará a comitiva do presidente Lula, de 11 a 14 de maio, em visita oficial à China, com o objetivo de firmar parcerias entre os dois países. O governador do Piauí irá na condição de presidente do Consórcio Nordeste e buscará investimentos para o Piauí. “Vamos celebrar acordos entre China e Brasil e anunciar investimentos na área de energia para o Piauí”, comentou Rafael Fonteles.

Será a quarta visita oficial de Estado de Lula ao país. A previsão é que ocorra assinatura de atos nas áreas de agricultura, comércio, investimentos, infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças, ciência e tecnologia, comunicações, desenvolvimento sustentável, turismo, esportes, saúde, educação e cultura. “A magnitude da relação com a China é conhecida. Do ponto de vista comercial, as nossas exportações para a China são superiores às nossas vendas para os Estados Unidos e para a União Europeia. O Brasil é o sétimo principal fornecedor da China. Então é um momento de explorar novas vertentes de cooperação”, disse embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores.

De acordo com o embaixador, há uma força-tarefa que trabalha a sinergia entre as estratégias de desenvolvimento do Brasil e as da China. Há 16 protocolos e anúncios já definidos e outros 32 em negociação. “Isso certamente está na agenda dessa visita, assim como a visão convergente dos dois países em matéria de defesa do multilateralismo, defesa da reforma da governança global e apoio às funções pacíficas”, pontuou.

PIAUÍ – O governador Rafael Fonteles esteve na China em outubro do ano passado, quando inaugurou o escritório internacional da Investe Piauí, localizado no complexo Sea World de Xiamen, na China, em edifício dedicado especialmente à mediação de negociações entre os países que compõem o BRICS, grupo de países emergentes, formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O país também recebeu a edição do Investe Piauí Day, reunindo mais de 80 empresários piauienses e chineses reafirmando a importância da China como parceiro comercial do Piauí: em 2023, o país exportou mais de US$ 1 bilhão de dólares em produtos piauienses, como soja e milho; o Piauí, por sua vez, importou cerca de US$ 53 bilhões em maquinário, eletrônicos e manufaturados.

FÓRUM — Na última década, o Fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) se consolidou como um mecanismo importante para aumentar a confiança mútua política entre os países, alinhar estratégias de desenvolvimento e promover a conectividade entre a China e os países da América Latina e Caribe.

Com a crescente relevância da China no cenário global e o interesse dos países da CELAC em diversificar suas parcerias, o Fórum se consolida como uma ponte estratégica para fortalecer a integração e o progresso mútuo. A CELAC é o único organismo de integração que reúne os 33 países em desenvolvimento da América Latina e do Caribe.

Segundo a embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, estão sendo formulados uma declaração conjunta e o Plano de Ação para o Triênio 2025-2027. “São vários temas de interesse do Brasil, como economia digital, conectividade, gestão de riscos de desastres, mas também comércio e investimento, saúde, segurança alimentar e nutricional, ciência e tecnologia e transição energética. Então é um fórum ao qual o Brasil atribui enorme importância”, registrou.

COMÉRCIO — Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil e tem sido uma das principais fontes de investimento externo no país. Destacam-se os investimentos nos setores de eletricidade e de extração de petróleo, bem como de transportes, telecomunicações, serviços financeiros e indústria.

O relacionamento vai além da esfera bilateral: Brasil e China têm mantido diálogo também em mecanismos como BRICS, G20, OMC e BASIC (articulação entre Brasil, África do Sul, Índia e China na área do meio ambiente).

De janeiro a março de 2025, o intercâmbio comercial entre os países foi de cerca de US$ 38,8 bilhões. No período, o Brasil exportou US$ 19,8 bilhões e importou US$ 19 bilhões. Entre os principais produtos exportados pelo Brasil encontram-se óleos brutos de petróleo, soja e minério de ferro e concentrados. O Brasil, por sua vez, importa da China principalmente embarcações, equipamentos de telecomunicações, máquinas e aparelhos elétricos, válvulas e tubos termiônicos (válvulas).

Compartilhar:

Leia também

Pular para o conteúdo